A bonificação de membros pode ser um trabalho bastante complicado de se executar dentro de uma empresa, se não for estruturado de maneira clara e transparente. Também pode não produzir bom resultados se as recompensas oferecidas não forem desejadas pelos membros.
Antes de falarmos como fazemos aqui na Irhis, precisamos esclarecer alguns conceitos e a importância de se realizar uma bonificação coerente.
O principal objetivo de uma bonificação é reconhecer as atividades realizadas pelos membros ou pela equipe, de forma a mantê-los motivados e produtivos. Nesse sentido, um membro que se sente satisfeito com o seu trabalho também apresenta menor chance de sair da empresa, diminuindo a rotatividade de membros e aumentando a retenção de talentos.
Pensando nas formas de bonificação, podemos destacar duas formas de recompensas: as tangíveis e as intangíveis. A primeira, a recompensa tangível, é concreta e palpável. Pode ser, por exemplo, um bônus salarial, algum objeto simbólico como troféu ou medalha, objetos para uso pessoal, ou até mesmo um jantar pago pela empresa em algum lugar legal. Já a recompensa intangível é mais abstrata, consistindo basicamente em aprovação social. Vai desde, um agradecimento diante da empresa ou em particular, um elogio, um sorriso, até títulos honorários, por exemplo.
Agora que destacamos o motivo de implementar um sistema de bonificação e conceituamos brevemente aspectos importantes para falar sobre o assunto, vamos ao ponto: como bonificamos nossos membros aqui na Irhis?
Nós utilizamos algumas formas de bonificações coletivas, como: oportunidades de desenvolvimento através de eventos e treinamentos; jantares ou cafés da tarde para equipes de consultoria após concluírem o serviço; e momentos para parabenizar essas equipes em reunião geral da empresa. Além disso, também temos bonificações individuais como elogios; parabenização em reuniões gerais; entrega de “mimos” ao final do semestre para aqueles que alcançaram determinado desempenho, entre outros.
Mas essas recompensas não são oferecidas ao léu. Há uma política de valorização que organiza essa bonificação. Como assim? Uma política de valorização é um conjunto de critérios claros e transparentes que dizem quais atividades vão ser recompensadas e porquê. Além disso, ela deve ser justa e construída em conjunto com os membros da empresa, considerando o que eles acham que deve ser recompensado e como.
Na Irhis, utilizamos para esse fim um sistema de gamificação e uma planilha de bonificação, que funcionam interconectados. Gamificação é o uso de técnicas presentes em jogos, em ambientes não relacionados a isso, ou seja, é a aplicação de recursos encontrados no universo dos jogos, ao dia-a-dia da empresa. Essa ideia surge, pois se observou que os jogos apresentavam características capazes de manter seus jogadores engajados e motivados nas tarefas. No contexto empresarial, isso influencia na motivação dos membros, mantendo-os mais engajados e produtivos.
Podemos destacar alguns dos fatores presentes nos jogos que produzem esse efeito:
1. Desafio e factibilidade:
Os jogos precisam instigar os jogadores, provocá-los a alcançar seus objetivos, mas sem serem impossíveis. Precisam ter uma dificuldade suficiente para despertar o interesse e possibilidade de que os objetivos sejam cumpridos;
2. Ser dono da história:
A história precisa fazer sentido para o participante e poder ser influenciada por ele;
3. Protagonismo:
O membro precisa fazer parte da história e ser protagonista dela. Na Irhis utilizamos avatares de coruja, por este ser o nosso mascote;
4. Fases e Níveis:
Isso instiga o participante a querer continuar realizando suas tarefas e evoluindo no “jogo”, de forma a conquistar novos patamares.
Considerando esses fatores, a gamificação também precisa de um enredo, algo que chamamos de storytelling. Essa narrativa precisa ser condizente com a cultura da empresa, de forma a utilizar elementos do mundo real como mascotes, artefatos e valores, ao mesmo tempo em que torna isso atrativo e misturado ao mundo da fantasia. Essa história pode ser construída de modo a ter um problema central, como um desafio ou problema a ser solucionado; uma aventura a ser percorrida; e objetivos específicos para cada área ou compartilhados entre toda a empresa. Dessa forma, a gamificação se torna bastante atrativa aos membros, podendo ser delineada e atualizada a cada mês, semestre, ou ano com novos capítulos e desafios.
Por fim, para funcionar de verdade, todo esse aparelho da gamificação precisa estar atrelado às atividades realizadas pelos membros da empresa, a serem contabilizadas de forma justa e sistemática. Para isso, utilizamos uma planilha de bonificação.
Nessa planilha, colocamos as atividades realizadas pelos membros. Cada atividade tem um valor pré-estabelecido de complexidade, que foi definido em conjunto com cada área da empresa. Além disso, leva-se em conta também o tempo utilizado para a realização da tarefa e se ela foi realizada antes, dentro, ou fora do prazo. De acordo com uma equação, essas informações são transformadas em pontuação.
Para automatizar isso, e aproximar os efeitos da planilha ao cotidiano do membro (lembrem-se que essa é a ideia central da gamificação), utilizamos o Slack, que é uma ferramenta bastante versátil para comunicação interna. Nele, conseguimos programar mensagens automáticas de “parabéns”, “você atingiu x pontos”, “você subiu para o nível x”, entre outras. Além disso, no canal do Slack específico para a gamificação, pode-se pedir informações sobre o seu estado atual e, assim, será exibido o avatar do membro (com suas roupas, decorações e artefatos), o nível em que está, a pontuação geral dele e os pontos de habilidades específicas (utilizamos 4: comunicação, proatividade, trabalho em equipe e organização). Nesse sentido, os membros conseguem ter noção de que suas atividades estão sendo recompensadas, o porque estão sendo, e ter essas recompensas explícitas e contingentes a sua realização.
A partir disso, conseguimos oferecer também bonificações intangíveis em reuniões gerais, mostrando os membros e suas corujinhas que atingiram o nível estipulado para aquele período e o “top five”, a cada 15 dias, mais ou menos. Ao final dos semestres, quando os capítulos da história são finalizados, há o desfecho da história, a bonificação tangível para os membros, e o início do próximo capítulo.
O último ponto relacionado ao nosso sistema, é que dessa forma, torna-se possível identificar sobrecarga de membros, ou membros ociosos, o que permite um diagnóstico rápido para algo que poderia se tornar um problema maior no futuro (como desmotivação ou elevado turnover).
Por fim, vale ressaltar que o objetivo da gamificação não é produzir competição entre os membros, muito menos compará-los, mas promover um ambiente de trabalho em que os membros são acompanhados de perto e recompensados de forma justa, transparente e satisfatória.
Ainda tem alguma dúvida sobre bonificação de membro? Está tendo dificuldades em implementar uma politica de valorização em sua empresa? Estamos dispostos a ajudar! Entre em contato com a gente!
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