Como a prática de feedback pode afetar a motivação em sua empresa

Quando um trabalho é realizado, é comum que o colaborador espere receber um retorno sobre o que foi desenvolvido, tanto seus pontos fortes como os fracos. É para isso que serve o feedback.

Feedbacks, quando bem dados, ajudam o profissional a aprimorar o seu desempenho e isso reflete no sucesso da empresa. Essa prática é uma forma econômica de dar um retorno aos membros de uma empresa, podendo ser realizada de diversas formas diferentes (no artigo da próxima semana abordaremos algumas dessas formas).

Ao contribuir para o aprendizado e desenvolvimento de um colaborador, a empresa pode ajudá-lo a sanar algumas dúvidas e fazê-lo conduzir suas tarefas de forma mais assertiva e produtiva. Uma pesquisa realizada pela Hubspot sobre a importância dada ao feedback pelos colaboradores mostra um panorama bastante interessante.

Nessa pesquisa é possível verificar que 43% dos colaboradores mais engajados recebem feedbacks de suas atividades semanalmente. Outra informação interessante é que 78% dos funcionários dizem que o reconhecimento, dentro de uma cultura avaliativa, os motivam para a realização de suas tarefas. O infográfico a seguir apresenta outras informações dessa pesquisa sobre feedback:

fonte: https://blog.hubspot.com/marketing/11-employee-feedback-statistics

No entanto, o feedback é um processo complexo, que pode ser visto como desagradável ou não ser oferecido corretamente, de forma a influenciar negativamente o desempenho do colaborador. Os resultados de um feedback mal feito, incompleto ou sem objetivo podem ser desastrosos e desmotivadores. Isso é bastante comum e perceptível em diversas situações, como pedir explicações acerca de uma avaliação para professores pouco preparados, chefes com opiniões inconsistentes, e até mesmo situações de relacionamentos afetivos.

A seguir apresentaremos mais detalhadamente problemas causados pela a baixa qualidade ou ausência de feedback:

1) Membros da empresa “perdidos” e desmotivados

Sabemos que ninguém gosta da sensação de estar perdido, de não saber como fazer algo. Quando estamos realizando alguma tarefa é importante recebermos informações se aquilo está certo, errado, ou incompleto. Isso é fundamental para conduzir as etapas seguintes e implementar melhorias, se for o caso.

Informações sobre a qualidade e andamento do trabalho nem sempre são fáceis de se obter sozinho, para isso geralmente é preciso que alguém nos diga o que está ocorrendo, tanto por meio de de conversas informais, como por análises mais aprofundadas dos resultados.

O principal é que o membro tenha um respaldo para saber o que fazer em seguida. Quando isso não ocorre, quando não há um feedback, os membros ficam “perdidos”, o que pode levar a desmotivação deles.

2) Liderança incompleta

Como vimos anteriormente o papel de um líder vai muito além de delegação de tarefas. Uma boa liderança precisa saber manejar conflitos, desenvolver sua equipe, motivá-los e dividir tarefas eficientemente.

Contudo, muitas dessas tarefas associadas a liderança dependem diretamente do feedback que é passado para a equipe. E isso interfere na relação do líder com seus colaboradores. Se feedbacks não são passados para os colaboradores, não tem como eles melhorarem o desempenho e dificulta que o líder descubra as fontes dos problemas.

3) Vínculo fraco com o colaborador

O feedback pode contribuir para melhorar os relacionamentos dentro de uma organização de várias formas. Um exemplo disso é que através do feedback, estimula-se a comunicação, assim colaboradores e líderes podem sentir maior liberdade para expor suas ideias e serem mais objetivos.

Além disso, a prática do feedback pode contribuir para a sensação de pertencimento de um membro dentro da organização. Isso ocorre, pois através dos feedbacks, a pessoa é estimulada e se sente relevante para a empresa, ou seja, sente-se parte de um todo significativo.

Essa sensação de pertencer a algo influencia diretamente na motivação, engajamento e produtividade do membro. Por outro lado, quando feedbacks não são oferecidos, o bom relacionamento colaborador-organização não ocorre e, com o tempo, pode acarretar em situações desastrosas.

Por fim, o feedback é um processo que exige técnica e preparo. Ele necessita de um emissor, capaz de perceber o outro e emitir a informação, de forma que o outro as compreenda positivamente e possa agregar ao seu comportamento. Para isso, é importante que o foco seja o comportamento da pessoa e não uma questão pessoal. Além disso, é preciso buscar um local reservado e tentar falar da forma mais assertiva possível. É importante lembrar que o feedback tem a função de trazer melhorias e não punir alguém!

Semana que vem teremos mais um artigo sobre o tema, no qual apresentaremos algumas maneiras de dar feedback.

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