O que é preciso para ser um bom líder é uma pergunta que muitas pessoas têm interesse em responder ou saber qual a resposta correta. Em 1993, uma pesquisa levantou o dado de que existem mais de 221 definições para liderança, então imaginem o quanto esse número deve ter aumentado até hoje!
Isso se deve ao fato de que a liderança é algo muito pessoal e subjetivo para cada indivíduo, e, por isso, cada um pode dar significado a ela de uma maneira diferente. O intuito aqui não é trazer uma fórmula mágica sobre como se tornar um bom líder, mas sim, trazer aspectos que todas essas definições têm em comum.
O primeiro aspecto:
Toda liderança se baseia no foco da relação líder ↔ liderado, ou seja, não há liderança sem relacionamento, sendo então resultado da interação entre pessoas.
O segundo aspecto:
Se baseia no direcionamento que o líder dará aos demais, colocando em prática mudanças reais que tenham o propósito de realizar objetivos estabelecidos em conjunto, a fim de que todos, tanto líderes quanto liderados, se sintam contemplados com as ações realizadas.
Na Irhis Consultoria Júnior, acreditamos na definição de Rost, em que a “Liderança é um relacionamento de influência entre líderes e liderados que tem a intenção de mudanças reais que reflitam seus propósitos mútuos”
Nesse sentido, se o desenvolvimento é mútuo e toda relação de liderança envolve o relacionamento das pessoas, qual é o papel do líder na organização?
Planejamento:
O líder é essencial para guiar o grupo para o objetivo comum. É ele o responsável por criar estratégias que façam com que o propósito do grupo ou empresa seja alcançado de modo organizado, estimando o tempo e envolvendo o grupo na tarefa.
Para isso, pode utilizar recursos visuais, como calendários em que todo o projeto esteja exposto para que todos saibam qual etapa deve realizar em qual período de tempo, ou aplicativos como Trello, onde os liderados podem criar suas próprias check lists de tarefas e o líder consiga verificar o que está sendo feito.
Delegar Tarefas:
Para que os processos sejam otimizados e não haja sobrecargas, a divisão equilibrada de tarefas em uma equipe é essencial. Além disso, essa divisão auxilia no controle do tempo e entregas feitas dentro dos prazos, contribuindo para o alcance de metas.
Mas como delegar tarefas? O que é preciso levar em consideração?
A partir das prioridades e atividades a serem realizadas, o líder juntamente com a equipe irão definir quais tarefas serão delegadas a quem. É importante sempre pensar no desenvolvimento de seus membros e se a tarefa pode auxiliar nisso. As tarefas devem ser explicadas de maneira objetiva e de forma a não deixar dúvidas. Isso porque as pessoas trabalham melhor quando entendem os motivos de suas ações, e por isso, a importância de se entender o sentido daquilo que se está realizando.
Sendo assim, sempre explique a finalidade da tarefa delegada, tanto para o momento, como no impacto que ela terá no resultado final.
Execução:
Também é tarefa do líder verificar o modo como as tarefas estão sendo cumpridas. Para isso é necessário que em um dado momento todos da equipe estejam reunidos, para que tenham noção do que está sendo feito pelo todo. Dessa maneira, é responsabilidade do líder marcar e estruturar reuniões.
Uma boa maneira de se estruturar reuniões é elaborando pautas. É interessante enviá-las a todos antes que a reunião aconteça, pois todos ficam por dentro do que será discutido na reunião. Nas pautas podem conter:
→ Planejamento da semana/mês;
→ Organização de tópicos e o tempo de discussão de cada um;
→ As responsabilidades e entregas;
→ Sempre lembrar que está disponível para dúvidas.
Acompanhamento:
Enquanto as tarefas estão sendo executadas, é de extrema importância que o líder acompanhe seus liderados. Para isso, é necessário que o líder verifique se a tarefa está adequada a cada membro.
Algumas maneiras de acompanhar os membros de sua equipe:
→ Treinamentos:
Caso você, como líder, perceba que algum membro de sua equipe não está conseguindo realizar suas tarefas, é possível que um treinamento seja dado.
→ Lembrar as tarefas a serem realizadas:
Conhecendo bem cada membro de sua equipe, isso pode ser alinhado, lembrando que esse lembrete pode ser feito por e-mail, mensagens no WhatsApp ou mesmo por outros aplicativos.
→ Lembrar que está sempre disponível para ajudar
O líder deve estar atento ao desenvolvimento de seus liderados. Para isso, é necessário que crie vínculos com seus liderados, para que eles se sintam à vontade para tirar dúvidas, ou mesmo para reuniões individuais, se essas forem necessidades de sua equipe.
Em resumo, o líder é o encarregado pela motivação dos demais, para que haja de fato uma identificação do liderado com a tarefa que este precisa realizar. É por meio dessas delegações de tarefas que o líder promove o desenvolvimento de seus liderados, a partir do momento em que delega tarefas com graus de complexidade gradativamente maiores. Essas são oportunidades para que os liderados tenham autonomia para realizarem suas tarefas, porém, sempre com o acompanhamento do líder, que terá não só um papel de supervisor, mas de incentivador e assistente.
Para que tudo isso seja alcançado, uma habilidade é fundamental: a comunicação!
Invista na comunicação com sua equipe. Para isso, crie ambientes em que seus liderados se sintam confortáveis para expor seus pensamentos. Dê espaço para que falem de suas expectativas ou preocupações, elogie e reconheça de forma sincera o trabalho que realizam (cuidado para não ser algo forçado. Lembre-se de que o reconhecimento deve ser feito de maneira sincera!). Mostre interesse pelas tarefas que estão realizando, se mantenha à disposição para fazer e responder perguntas.
Caso algo não esteja saindo conforme o alinhado com a equipe, marque reuniões para dar feedback. Nessa prática, o foco é o comportamento e não a pessoa. Cuidado para não se mostrar agressivo ou dar a entender ao seu liderado que há algum problema pessoal. Procure um local reservado, fale sobre a situação em que o comportamento aconteceu, seja específico! Diga o impacto que isso causou à equipe ou à empresa, e por fim, sugira um comportamento alternativo, para que o liderado saiba como melhorar a partir desse momento.
Lembre-se de que o feedback é utilizado para trazer melhorias e não é um recurso punitivo. Você pode ler e entender um pouco mais sobre a prática do feedback AQUI.
Relembrando, então, que toda relação de liderança envolve relacionamento entre as pessoas e que o líder está ali para motivar e auxiliar o grupo a conquistar o objetivo final que foi traçado.
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